quinta-feira, 30 de junho de 2011

Fiz 30 anos. Hã, o quê? 30 anos? Ai, meu Deus...

Pois é, quem diria que esse anjinho da foto, segurando o cajado de Moisés, mimada pela mãe, pelo pai, pelo marido, se tornaria num monstro... ops... não é isso que queria dizer, mas, que essa criancinha linda atingiria a idade adulta?

Mas, o dia 25 de junho chegou e esse feito se concretizou. Engraçado que, logo na data, eu já senti algo diferente. Parecia que as bexigas que em todas as outras festas tinham presença obrigatória, se tornaram algo sem graça, sei lá, pareciam bobas. 

Talvez, você que está lendo isso diga: cala a boca, não tem nada a ver isso. Mas, para mim tem sim. Isso me fez refletir e pensar: será que eu vou ficar chata? Tá bom, eu já sou um pouco cricri, mas eu digo chata no sentido de ficar mais cautelosa, prudente, planejar as coisas antes, ser uma pessoa organizada, séria. Não que eu já não tenha algumas dessas características, mas fico preocupada em deixar de ser a palhaça que sempre fui, de não ver mais graça nas coisas idiotas, como, por exemplo, os episódios do Chaves e do Chapolin, deixando de lado o improviso, que sempre me fez acordar em pleno sabadão de sol e falar: vamos a la praia, ô, ô, ô, ô, ô. O tempo de colocar o biquíni, arrumar a mochila, pegar a motoca e descer rumo a Santos é recorde, não chega a 15 minutos. Ai, como é bom passar o dia lá, torrando. Aí, quando dá fome, come um pastel, depois na volta passa na casa da pamonha e, assim, foi mais um dia feliz sem ser planejado ( se você não sabe do que estou falando, nem imagina o que está perdendo, é programa de farofeiro, mas é bom!!!). E nem precisa ter muito dinheiro para fazer isso, basta o do combustível, do pedágio e do pastel. 

Não se irritem por causa de tanta baboseira em um único post (ninguém tem paciência comigo- essa fala é do Chaves) entendam que essa preocupação é coerente, afinal, entre 1618 e 1648, aconteceu na Europa um conflito que marcou a transição do feudalismo para a Idade Moderna, conhecido como a Guerra dos 30 anos. Está vendo, é até histórico esse número. Sem contar que especialistas afirmam que depois dos 30 fica difícil emagrecer, ter filho, as rugas ficam mais expressivas e os cabelos brancos começam a dizer “hellow”. Enfim, depois dos 30 é depois dos 30 e pronto, não dá para escapar. 

Bom, apesar de todo esse dramalhão, sei que o importante é que eu estou viva para saber o que vem pela frente. Quantos nem chegaram aos 20, quanto mais aos 30. Eu ainda não posso dizer que vivi tudo, porque ainda falta pular de paraquedas, conhecer a ilha de Lost, construir uma piscina na casa do vizinho que um dia será minha, e outras cositas mais. Porém, em todos esses anos nessa indústria vital (essa fala é do tiozinho que ficava em cima do poste do episódio do pica-pau) eu sempre recebi muito amor, carinho, respeito e admiração das pessoas que me cercam, em especial da minha família linda.

E claro, o principal, fui escolhida pelo Deus, dono do universo, criador dos céus e da terra. Sabe lá o que é isso? É muito privilégio para uma baixinha gordinha que conversa com cachorro. Por isso, que venham os próximos 30, 40, 50, a eternidade. Estou pronta, afinal, ganhei um monte de creme de aniversário, agora, tenho que usá-los para retardar o envelhecimento.